

A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) anunciou, no passado dia 22, que vai investir 50 milhões de euros na instalação de dez centrais fotovoltaicas flutuantes no empreendimento. Constituindo “o maior projeto fotovoltaico flutuante da Europa”.
Segundo a EDIA, as dez centrais, que serão unidades de produção para autoconsumo, vão ser instaladas junto às estações elevatórias da rede primária do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva (EFMA). Elas ocuparão uma área com cerca de 50 hectares sobre a água.
As centrais vão ter uma potência total instalada de 50 megawatts-pico (MWp). Além disso, uma produção anual de energia estimada em 90 gigawatts-hora (GWh). Essa estimativa “será suficiente para abastecer cerca de 2/3 de toda a população do Baixo Alentejo”, refere a EDIA.
A empresa estima que serão necessários mais de 127 mil painéis fotovoltaicos para a instalação das dez centrais. Como resultado, eles evitarão a emissão de cerca de 30 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano.
A maior das 10 centrais terá uma área de 28 hectares, será “a maior da Europa” e ficará instalada junto à Estação Elevatória dos Álamos, que é “a maior” do EFMA.
A empresa informa que está a preparar o lançamento do concurso público internacional para fornecimento, instalação e licenciamento. E também para manutenção e operação durante os primeiros cinco anos das dez centrais.
O concurso terá como preço base 50 milhões de euros, que serão financiados em 45 milhões de euros pelo Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa. Além disso com cinco milhões de euros por capitais próprios da EDIA.
Vale ressaltar que este não é o primeiro projeto fotovoltaico flutuante em Portugal. Em 2017 a Energia em Conserva participou da 1 instalação fotovoltaica flutuante em Portugal, na barragem do Alto Rabagão. Esta instalação possui 840 painéis com um total de 218,4kWp instalados.
Em suma, a empresa acredita que este tipo de projeto “atingiu já uma maturidade assinalável”. Tendo em vista que são mais de um gigawatt (GW) instalados globalmente. Ainda mais com o seu “enorme potencial de desenvolvimento”.
Fonte: jn.pt